19 de set. de 2011

1° Morte vs 2° Morte - por Joseph Gleber

A Primeira Morte



Podemos considerar que a experiência encarnatória é algo como a condensação das energias sublimes do espírito, e a desencarnação, uma evaporação ou desativação progressiva dos veículos mais densos. A morte poderia ser catalogada como ruptura e descarte de veículos ou corpos de manifestação desnecessários, ainda que temporariamente, em função de uma nova etapa que o ser adentra no processo evolutivo individual. Pelo menos no planeta Terra, podemos afirmar que o descarte dos somas mais densos através da morte – tanto do corpo físico quanto do duplo etérico – é algo definitivo, fato este que torna impossível a reativação de tais veículos após o descarte final por parte do ser que dele usufruiu.

Embora o incômodo próprio dessa ocorrência, isto é, do descarte do corpo físico ou da morte biológica, não podemos ignorar que a chamada primeira morte, a do corpo, por mais incômoda que possa parecer aos seres que a experimentam, é um dos mais importantes eventos da vida do espírito. Isso porque, nos fenômenos de impacto vibratório como a morte física, ocorrem estados de choque e o inevitável enfrentamento de questões transcendentais muitíssimo importantes para a futura relação do espírito com seus veículos superiores de manifestação.


A Segunda Morte

Podemos afirmar que a segunda morte representa o descarte e desativação do duplo etérico e a diluição do corpo perispiritual, o que deixa o espírito totalmente de posse do corpo mental, em sua plenitude e de forma mais definitiva. De acordo com essa definição, a segunda morte é a retirada de qualquer resquício do duplo e do perispírito, ficando o ser apenas de posse dos corpos de ordem superior. Também podemos considerar que a segunda morte seria como que uma depuração de ser de todas as emanações ectoplasmaticas aderidas ou originadas nos corpos inferiores.

Tomar posse do corpo mental é, nessa ótica, o ser se elevar à condição de espírito mais adiantado, pois que se dá, nessa ocasião, o descarte do perispírito ou psicossoma, que é absorvido pelo corpo mental. A nova etapa em que adentra o espírito a partir da chamada segunda morte assinala a extinção das etapas reencarnatórias inferiores, das migrações constantes entre a esfera física e a extrafisica através dos fenômenos de nascimento e morte, tão corriqueiros no estágio atual dos espíritos vinculados ao planeta Terra.

De outro lado, também consideramos uma segunda morte, os casos de seres que perdem a conformação de perispírito, por inibição da forma, quando se cristalizam no ódio e na culpa, permanecendo indefinidamente como prisioneiros de si mesmos e transformando-se em ovóides.


Primeira Morte x Segunda Morte

É correto dizer que a morte do corpo físico, para aqueles ainda vinculados ao planeta Terra, é o fator mais desconcertante entre as experiências que podem ser vividas por seres de nossa pequenez espiritual. Além disso, a defasagem do ambiente extrafísico para o ambiente físico, recém-deixado para trás, faz com que certos processos internos eclodam no ser, causando-lhe profundas reflexões e necessárias ao engrandecimento.
Podemos afirmar que a diferença ou o descompasso entre os ambientes físico e extrafísico, onde transitam os espíritos pelo processo da desencarnação ou descarte da parte biológica, é muito acentuada: ocorre numa proporção relativa de um por milhões. Por outro lado a diferença entre o ambiente extrafísico e a vivencia nos planos mentais, por ocasião da segunda morte, é mais sutil, apresentando uma proporção de um por milhares, ao se comparar o impacto que uma das mortes provoca e as distinções entre tais ambientes, onde se dá a vida e a locomoção dos seres em evolução.
Na ocorrência da morte biológica, há o fenômeno da ruptura definitiva do cordão de prata, que liga o perispírito aos corpos físico e etérico; por ocasião da segunda morte, dá-se a ruptura do chamado cordão de ouro, que liga o corpo mental ao psicossoma ou perispírito. Em qualquer dos casos, seja na primeira ou na segunda morte, há a necessidade de uma assistência extrafisica de entidades superiores especializadas nesses processos de descarte ou desencarnação.

Retirado do livro "Coinsciência" de Joseph Gleber - Robson Pinheiro
   

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