No universo
espírita lida-se com um fenômeno chamado ‘obsessão’. Trata-se da influência de
um espírito sobre outro causando-lhe algum tipo de prejuízo. É muito parecido
às relações parasitárias que aprendemos no primário e ocorre em igual variedade
no tipo e na forma que estas relações se estabelecem.
Sem nenhuma dúvida,
os dois tipos de obsessão mais comuns são:
A Obsessão Cármica:
espíritos que no passado foram ou sentiram-se prejudicados por outro e que
agora o perseguem em busca de vingança;
A Obsessão
por afinidade: espíritos em desequilíbrio que encontram são magneticamente atraídos
por/para um hospedeiro com desequilíbrios afins.
Em
diferentes níveis, seria correto afirmar que todos os seres humanos encarnados
são afetados por estes dois tipos de obsessores.
Em terreiros
de Umbanda e centros espíritas existem atividades em que estes obsessores são
incorporados pelos médiuns para que, através de diversas e diferentes técnicas,
sejam afastados de seus hospedeiros e, na medida do possível, deem continuidade
ao seu processo evolutivo avançando para algum estágio posterior. Porém, o mais
normal é que sejam apenas afastados, separados hóspede e hospedeiro, por
entender-se que o ‘hóspede’ causa ou intensifica um desequilíbrio [que pode ser
de diferentes tipos] natural de seu hospedeiro.
Assim,
alguém com tendência a abusar do álcool, por exemplo, atrairá espíritos com a
mesma tendência que lhe reforçarão esta tendência. O primeiro passo, caso esta
pessoa esteja decidida a mudar de hábitos, é afastar esses espíritos. Porém,
caso esta pessoa não consiga mudar seus hábitos, desejos e pensamentos, da
mesma maneira que estes espíritos afins foram atraídos para dentro de seu campo
vibratório, outros, com as mesmas afinidades, se aproximarão de maneira
involuntária.
A Lei da
Atração, responsável por produzir este fenômeno, atua magneticamente, como um
imã. No entanto, enquanto nos imãs os polos semelhantes se repelem e os opostos
complementares são atraídos um para o outro, a Lei da Atração opera de maneira
inversa.
Assim, não
estando ninguém imune a esta lei, a única maneira de romper em definitivo com o
ciclo é o ‘hospedeiro’ transformar seus hábitos e maneiras de sentir e pensar.
No espiritismo chama-se este processo de Reforma Íntima. À medida que a
afinidade se atenua, igualmente diminui a atração magnética entre ambos.
Em alguns
terreiros de Umbanda observa-se uma prática que talvez nos ajude a compreender
a frase “diga-me com quem andas e te direi quem és”: nas sessões de desobsessão
[quando os médiuns incorporam os espíritos obsessores dos pacientes para
posteriormente afasta-los] evita-se, na medida do possível, que os médiuns
atendam pessoas de seu círculo de amizades e parentes. Quando o médium
incorpora um obsessor que foi atraído para o hospedeiro por conta de suas
afinidades com este, será capaz [o médium] de identificar o tipo de
desequilíbrio afim entre hóspede e hospedeiro. Por dedução, saberá o médium, ao
observar quem ‘anda com o paciente’, quem ‘é’ o paciente.
Trocando em
miúdos: diga-me quem são seus obsessores e te direi que tipo de desequilíbrios possuis.
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