6 de out. de 2015

Diga-me com quem andas... Lei da Atração



No universo espírita lida-se com um fenômeno chamado ‘obsessão’. Trata-se da influência de um espírito sobre outro causando-lhe algum tipo de prejuízo. É muito parecido às relações parasitárias que aprendemos no primário e ocorre em igual variedade no tipo e na forma que estas relações se estabelecem.

Sem nenhuma dúvida, os dois tipos de obsessão mais comuns são:
A Obsessão Cármica: espíritos que no passado foram ou sentiram-se prejudicados por outro e que agora o perseguem em busca de vingança;
A Obsessão por afinidade: espíritos em desequilíbrio que encontram são magneticamente atraídos por/para um hospedeiro com desequilíbrios afins.
Em diferentes níveis, seria correto afirmar que todos os seres humanos encarnados são afetados por estes dois tipos de obsessores.

Em terreiros de Umbanda e centros espíritas existem atividades em que estes obsessores são incorporados pelos médiuns para que, através de diversas e diferentes técnicas, sejam afastados de seus hospedeiros e, na medida do possível, deem continuidade ao seu processo evolutivo avançando para algum estágio posterior. Porém, o mais normal é que sejam apenas afastados, separados hóspede e hospedeiro, por entender-se que o ‘hóspede’ causa ou intensifica um desequilíbrio [que pode ser de diferentes tipos] natural de seu hospedeiro.

Assim, alguém com tendência a abusar do álcool, por exemplo, atrairá espíritos com a mesma tendência que lhe reforçarão esta tendência. O primeiro passo, caso esta pessoa esteja decidida a mudar de hábitos, é afastar esses espíritos. Porém, caso esta pessoa não consiga mudar seus hábitos, desejos e pensamentos, da mesma maneira que estes espíritos afins foram atraídos para dentro de seu campo vibratório, outros, com as mesmas afinidades, se aproximarão de maneira involuntária.

A Lei da Atração, responsável por produzir este fenômeno, atua magneticamente, como um imã. No entanto, enquanto nos imãs os polos semelhantes se repelem e os opostos complementares são atraídos um para o outro, a Lei da Atração opera de maneira inversa.

Assim, não estando ninguém imune a esta lei, a única maneira de romper em definitivo com o ciclo é o ‘hospedeiro’ transformar seus hábitos e maneiras de sentir e pensar. No espiritismo chama-se este processo de Reforma Íntima. À medida que a afinidade se atenua, igualmente diminui a atração magnética entre ambos.

Em alguns terreiros de Umbanda observa-se uma prática que talvez nos ajude a compreender a frase “diga-me com quem andas e te direi quem és”: nas sessões de desobsessão [quando os médiuns incorporam os espíritos obsessores dos pacientes para posteriormente afasta-los] evita-se, na medida do possível, que os médiuns atendam pessoas de seu círculo de amizades e parentes. Quando o médium incorpora um obsessor que foi atraído para o hospedeiro por conta de suas afinidades com este, será capaz [o médium] de identificar o tipo de desequilíbrio afim entre hóspede e hospedeiro. Por dedução, saberá o médium, ao observar quem ‘anda com o paciente’, quem ‘é’ o paciente.


Trocando em miúdos: diga-me quem são seus obsessores e te direi que tipo de desequilíbrios possuis. 

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