5 de out. de 2015

Ceticismo é diferente de materialismo

Bom dia!

Como diria o Google, estou com sorte! Já no primeiro post matinal me deparei com uma lição sem precedentes no Facebook, ilustrada em detalhes, sobre a humanidade em uma de suas muitas formas: a crença disfarçada de ceticismo.

O post mostrava duas fotos de uma experiência caseira, porém parte de um experimento científico válido, fundamentado em fatos observáveis, com vasta teoria a respeito, e comprovado em repetidos experimentos que resultam semelhantes. Segue a descrição nas palavras do ‘cientista’ caseiro:

[...] três vidros iguais, com a mesma quantidade de água e arroz. Tampa amarela: não coloquei nada, nenhuma intenção. Tampa azul: Intenção positiva. Tampa vermelha: Intenção negativa. Os potes ficaram próximos, tendo a mesma quantidade de luz ao longo desse tempo. Ao longo do processo percebemos que o pote vermelho borbulhava mais que os outros. Os meninos esqueceram dos potes e hoje mostrei a eles o que aconteceu. Tampa amarela: Começou a se desintegrar e a agua está turva. Tampa azul: Arroz intacto e liquido claro. Tampa vermelha: Arroz totalmente desintegrado.

Não pretendo entrar no mérito do que ele pretende provar e quais suas conclusões. O que me interessa aqui é que QUALQUER UM pode, com um pouco de boa vontade e honestidade, realizar a experiência e comprovar se ela é verdadeira. Mas é preciso BOA VONTADE E HONESTIDADE, afinal, a única diferença entre os 3 potes é a intenção do cientista pesquisador.

Não obstante, um sujeito – cheio de arrogância – fez um comentário sobre: “este tipo de bobagem é que faz as pessoas acreditarem que homeopatia é medicina”. A ‘conversa’ se desenrolou por 40 comentários com destaque para dois argumentos da amiga que compartilhou o post:

Em um ela sugere que ele realize a experiência em casa, no que este responde que já realizou com a intenção de provar sua ineficácia. Ora, se o que está sendo testado é a influência da intenção do cientista pesquisador sobre elementos externos [arroz e água em um pote], qual deveria ser o resultado se a intenção deste era provar que a intenção não influenciaria aqueles objetos?

A amiga então se prontificou a realizar a experiência e mostrar os resultados pelo Skype... Ou seja, apelou para a confiança que seu amigo supostamente deveria ter em sua honestidade. A partir deste ponto eu parei de ler o debate que seguiu por outros caminhos, pois o que me interessava já estava ali.

O ceticismo é essencial, estou convencido disso e me considero um cético, um homem de pouca fé. No entanto, o ceticismo é flexível e necessariamente se rende diante da comprovação de algo. Quando, mesmo após repetir uma experiência diferentes vezes com o mesmo resultado, aquilo que ela comprova segue desacreditado por alguém, não se trata de ceticismo, mas de crença oposta. O sujeito que nega a evidência de que a intenção humana pode alterar as propriedades daqueles potes de água e arroz não é cético, mas um crente do materialismo.

Eu convivo com paradoxo semelhante: sou médium. É parte do meu cotidiano incorporar espíritos que falam e agem através de mim. Diante do ceticismo de alguns eu convido-os a conviver com o fenômeno/experiência. Diante da recusa eu invoco a confiança em meu testemunho, como fez a amiga ao propor realizar ela mesma a experiência e mostrar os resultados.

Quando algum amigo materialista crente e convicto me diz que não acredita na existência de espiritos e na possibilidade de comunicação com estes ele está dizendo, ainda que não tenha se dado conta, que eu sou um farsante e um mentiroso ou um louco perturbado cujos sentidos não são confiáveis. Um cético que não está disposto a realizar as experiências necessárias para comprovar sua teoria, ou que não aceite o testemunho daqueles em que supostamente deveria confiar, não é um cético, mas um crente dos mais radicais, diria mesmo um fundamentalista!


Em tempo: a influência do pensamento humano sobre a matéria é um dos principais tópicos da física quântica. 

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