Bom dia!
Como diria o
Google, estou com sorte! Já no primeiro post matinal me deparei com uma lição
sem precedentes no Facebook, ilustrada em detalhes, sobre a humanidade em uma de suas muitas
formas: a crença disfarçada de ceticismo.
O post
mostrava duas fotos de uma experiência caseira, porém parte de um experimento
científico válido, fundamentado em fatos observáveis, com vasta teoria a
respeito, e comprovado em repetidos experimentos que resultam semelhantes. Segue
a descrição nas palavras do ‘cientista’ caseiro:
[...] três
vidros iguais, com a mesma quantidade de água e arroz. Tampa amarela: não
coloquei nada, nenhuma intenção. Tampa azul: Intenção positiva. Tampa vermelha:
Intenção negativa. Os potes ficaram próximos, tendo a mesma quantidade de luz
ao longo desse tempo. Ao longo do processo percebemos que o pote vermelho
borbulhava mais que os outros. Os meninos esqueceram dos potes e hoje mostrei a
eles o que aconteceu. Tampa amarela: Começou a se desintegrar e a agua está
turva. Tampa azul: Arroz intacto e liquido claro. Tampa vermelha: Arroz
totalmente desintegrado.
Não pretendo
entrar no mérito do que ele pretende provar e quais suas conclusões. O que me
interessa aqui é que QUALQUER UM pode, com um pouco de boa vontade e
honestidade, realizar a experiência e comprovar se ela é verdadeira. Mas é
preciso BOA VONTADE E HONESTIDADE, afinal, a única diferença entre os 3 potes é
a intenção do cientista pesquisador.
Não obstante,
um sujeito – cheio de arrogância – fez um comentário sobre: “este tipo de
bobagem é que faz as pessoas acreditarem que homeopatia é medicina”. A ‘conversa’
se desenrolou por 40 comentários com destaque para dois argumentos da amiga que
compartilhou o post:
Em um ela
sugere que ele realize a experiência em casa, no que este responde que já
realizou com a intenção de provar sua ineficácia. Ora, se o que está sendo
testado é a influência da intenção do cientista pesquisador sobre elementos
externos [arroz e água em um pote], qual deveria ser o resultado se a intenção deste
era provar que a intenção não influenciaria aqueles objetos?
A amiga
então se prontificou a realizar a experiência e mostrar os resultados pelo Skype...
Ou seja, apelou para a confiança que seu amigo supostamente deveria ter em sua
honestidade. A partir deste ponto eu parei de ler o debate que seguiu por
outros caminhos, pois o que me interessava já estava ali.
O ceticismo
é essencial, estou convencido disso e me considero um cético, um homem de pouca
fé. No entanto, o ceticismo é flexível e necessariamente se rende diante da
comprovação de algo. Quando, mesmo após repetir uma experiência diferentes vezes
com o mesmo resultado, aquilo que ela comprova segue desacreditado por alguém,
não se trata de ceticismo, mas de crença oposta. O sujeito que nega a evidência
de que a intenção humana pode alterar as propriedades daqueles potes de água e
arroz não é cético, mas um crente do materialismo.
Eu convivo
com paradoxo semelhante: sou médium. É parte do meu cotidiano incorporar
espíritos que falam e agem através de mim. Diante do ceticismo de alguns eu
convido-os a conviver com o fenômeno/experiência. Diante da recusa eu invoco a
confiança em meu testemunho, como fez a amiga ao propor realizar ela mesma a
experiência e mostrar os resultados.
Quando algum
amigo materialista crente e convicto me diz que não acredita na existência de
espiritos e na possibilidade de comunicação com estes ele está dizendo, ainda
que não tenha se dado conta, que eu sou um farsante e um mentiroso ou um louco
perturbado cujos sentidos não são confiáveis. Um cético que não está disposto a
realizar as experiências necessárias para comprovar sua teoria, ou que não
aceite o testemunho daqueles em que supostamente deveria confiar, não é um
cético, mas um crente dos mais radicais, diria mesmo um fundamentalista!
Em tempo: a
influência do pensamento humano sobre a matéria é um dos principais tópicos da
física quântica.
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