1. Espera-se
dos sacerdotes que sejam manipuladores energéticos, que sejam capazes de movimentar
energias sutis e alterar suas propriedades, nas pessoas e nos ambientes, em
benefício destes. Para tanto é necessário possuir energia em si mesmo.
2. Das
diversas fontes de energia encontradas na natureza, a energia sexual é a única
produzida pelo ser humano e que pode ser transmutada, ampliada e/ou esvaziada
através do ato sexual.
3. O Tantra
é uma prática oriental cujo propósito é estabelecer a troca energética através
do entrelaçamento amoroso e do ato sexual, transmutando e ampliando a energia
em ambos. Todavia, para que ocorra efetivamente depende da capacidade
meditativa dos praticantes, de condições específicas de seus centros
energéticos chamados ‘chacras’, além de afeto real. Pode ser simples a um
oriental – que já nasce meditando e que ao longo da vida possui inúmeras
práticas de harmonização dos centros energéticos – mas é inviável para 99% ou
mais dos ocidentais que aderem às práticas meditativas depois de adultos.
Não há,
pois, impeditivo que sacerdotes, de quaisquer práticas, façam sexo, mas há o
entendimento de que se não são capazes de gerar, preservar e transmutar a
energia em seus corpos, dificilmente serão capazes de fazê-lo em corpos alheios
e nos ambientes, tornando-os pouco eficientes nas tarefas a que se dedicam em
seu sacerdócio.
Entende-se,
portanto, que é recomendável aos sacerdotes a abstinência sexual, o que também
pode ser visto como um exercício do controle do desejo pela vontade, de
autocontrole, de submeter seu corpo à sua razão, de controle emocional, etc.
Estar no controle das circunstâncias internas é uma premissa para quem pretende
controlar as circunstâncias externas.
Não
obstante, caso isto não seja possível totalmente, espera-se que a prática
sexual do sacerdote seja uma prática amorosa, que contenha alto grau de afeto e
respeito mútuo, o que produz transmutação energética e minimiza o desgaste
energético. Há ainda questões técnicas sobre a posição dos chacras durante o ato
que podem ser encontradas em livros sobre Tantra.
Resumindo:
espera-se que um sacerdote possua autocontrole e seja capaz de manipular
energias, a começar por sua própria energia sexual. Recomenda-se a abstinência
ou a prática do Tantra. Caso isso não seja possível, recomenda-se que esteja em
um relacionamento amoroso/afetivo. Não há, neste contexto, nenhuma diferenciação
se o relacionamento se dará entre homem e mulher, mulher e mulher ou homem e
homem, uma vez que a premissa é a existência de afeto real, e o afeto não
escolhe gênero.
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