15 de nov. de 2011

Origem da Umbanda - Parte 3 - Raízes Históricas - A Fusão Africana e Ameríndia e o Surgimento da Umbanda




Vamos agora verificar o que aconteceu com essas duas “raízes” aqui, no Brasil, isto é, a RAIZ AFRO e a RAIZ AMERÍNDIA ou de nossos índios, com a “FUSÃO” ou a mistura de uma com a outra. 

O Culto Bantu dos africanos foi o que trouxe uma tendência mais livre. Começou por receber – já no Brasil – as influências dos outros e principalmente do culto nagô. Já por efeito dessa influencia, já por essa tendência mais liberal, pelas alturas do ano de 1547 foi constatado, positivamente, a existência de uma espécie de “fusão”, de mistura de práticas, de ritos, com o cerimonial que os nossos índios vinham praticando e denominado pelo branco como “adjunto de Jurema”... 

É importante lembrarmos que esse “adjunto da Jurema” que foi interpretado como uma espécie de sessão, de reunião, de agrupamento, já era, por sua vez, uma degeneração do verdadeiro CULTO DA YUREMA que foi um dos aspectos puros que ficou do primitivo CULTO DE MUYRAKITAN, que foi sendo esquecido ou se apagando dentro dos ritos sagrados dos tupy-nambás, dos tupy-guaranys e outras tribos, após a era cabralina, ou seja, já no período de acentuada decadência desse povo... 

Dessa “fusão” entre o culto dos bantus e o dito como “adjunto da Jurema” surgiu, depois de alguns anos, outra espécie de rito, com práticas mistas que ficou conhecido ou que foi chamado depreciativamente de “CANDOMBLÉ DE CABOCLO”, onde a par com a evocação e a crença nos “orixás”, predominava mais a influência ameríndia, com seus “Caboclos, seus encantados” etc. Dentro desse aspecto ainda existe em alguns Estados, particularmente na Bahia.  

Porém, por outro lado, esse aspecto, essa fusão, degenerou mais ainda, porque certas práticas do elemento negro, netos de africanos etc., de cunho nitidamente baixo, ditas como pura feitiçaria, prevaleceu mais.  

Assim, viu-se surgir mais uma “retaguarda negra”, nefanda e que ficou denominada de “CATIMBÓ”. 

Por quê “catimbó”? Porque nas primitivas práticas do “Candomblé de Caboclo”, dado a influência ameríndia, se usavam muito os timbós ou catimbós, cujos termos significam defumação, a par com o uso exagerado de muita fumaça de cachimbo...
Então, a essa degeneração negra, por uma questão de associação de idéias, de correlação, passaram a chamar de “Catimbó”... 

Nesse “Catimbó”, que ainda hoje em dia existe (infelizmente) e em muitos Estados e que, por aqui, pela Guanabara, já incrementaram como uma espécie de apêndice de muitos “terreiros”, o qual fazem funcionar depois da meia-noite. 

Isso é que há de mais escuro, trevoso e prejudicial.  

Nele, o que manda é o dinheiro e o mal. Os despachos, “as arriadas” para os tais mestres de linhas com seus encantados é coisa corriqueira e tudo é feito na base do pagamento... 

Os seus praticantes – os chamados de “catimbozeiros” são de baixíssima moral espiritual etc. Esses infelizes estão irremediavelmente presos nas garras do astral inferior – no que há de mais inferior mesmo, do baixo astral... 

Já é tão grande a infiltração desses elementos humanos e astrais no meio umbandista, que os interessados já lançaram à venda “estátuas” dos tais de “Zé Pilintra”, “Caboclo Boiadeiro”, enfim, dos tais “mestres do Catimbó”, para se confundirem com as verdadeiras entidades da Lei de Umbanda, pela massa cega, confiante, ingênua... 

Já verificamos em certos “terreiros” a existência delas, de mistura com “santos e santas, caboclos e pretos-velhos, sereias-do-mar” etc. Santo Deus! Quanta ignorância! Mas não podemos desanimar... 

Logo depois, essa “fusão” que gerou o “Candomblé de Caboclo” acolheu também a forte influência dos “santos” da Igreja Apostólica Romana. Daí é que veio o aspecto dito como sincretismo, similitude etc. 

Toda essa complexa mistura, que o leigo chama de “macumba, candomblé, baixo-espiritismo, magia-negra” e em certos Estados, de “canjerê, pajelança, batuque ou toque de Xangô, babassuê, tambor de mina” etc., recebeu ainda, nos últimos 50 anos, mais uma acentuada influência – a do Espiritismo dito como de Kardec. 

Então temos, há mais ou menos 414 anos, todos esses ASPECTOS, místico, mítico, religioso, fenomênico, sincrético, espirítico etc., de MISTURA e envolvendo PRÁTICAS, as mais CONFUSAS, fetichistas, materialmente grosseiras, de ritualísticas barulhentas, pelos tambores ou atabaques, triângulos, cabaças e outros instrumentos exóticos e primitivos, tudo isso em pleno SÉCULO XX, norteando as linhas-afins de uma IMENSA COLETIVIDADE ou massa humana, já na casa dos milhões, com seus milhares e milhares de Tendas, Cabanas, Centros, “Terreiros” etc.
Essa coletividade religiosa, mística, foi denominada, nos últimos anos, pelos INTERESSADOS – os monopolizadores dessa situação – como dos ADEPTOS DOS CULTOS AFRO-BRASILEIROS ou AFRO-ABORÍGINES.  

Essa era (e ainda é, em grande parte) a situação existente, quando surgiu UM VIGOROSO MOVIMENTO DE LUZ, ORDENADO PELO ASTRAL SUPERIOR QUE ABARCOU TUDO ISSO NUMA TREMENDA E PODEROSA INTERPENETRAÇÃO HUMANA E ASTRAL... 

ESSE PODEROSO MOVIMENTO DE LUZ, dentro dessa coletividade dita como dos adeptos dos Cultos Afro-brasileiros, FOI FEITO PELOS ESPÍRITOS QUE SE APRESENTARAM COMO “CABOCLOS, PRETOS-VELHOS E CRIANÇAS”.... 

E quem são esses ESPÍRITOS? Vamos explicar....

Esses espíritos são, justamente, os dos antiqüíssimos payé, karaybas, morubixabas, tuxabas ou caciques e outros mais, da primitiva RAÇA TUPY ou dos Tupi-nambá, tupis-guaranis etc. (pois o tronco racial deles era um só), bem como pelos também antigos ou primitivos sacerdotes do povo africano, ditos como babalawôs, babalaôs, tatas etc., a par com os espíritos de crianças, que foram ordenados para essa missão, dado a mística dessa coletividade sobre eles, pela derivação da crença dos Ibejis dos africanos e dos curumins dos índios, e nos Cosme e Damião. 

Porque surgiram estes espíritos dentro desta coletividade?  

Ora, pelo que acabamos de explicar sobre os fatores de fusão e degeneração e consequentes misturas, etc., cremos que ficou patente que essa massa, essa coletividade, não podia continuar assim, dentro das condições expostas. 

Era (e ainda é, em 90%) de ausência absoluta nesses ambientes, a Doutrina, o Evangelho e, é claro, o estudo da mediunidade etc. 

Práticas as mais confusas, desordenadas, baixas – por envolverem oferendas com sacrifício de animais, sangue etc., ainda são fatores comuns nos “candomblés” que dizem praticar algum ritual de nação e que, por cima de tudo isso, ainda afirmam ser de “umbanda”. 

A ignorância é tão grande na maioria dessas criaturas que se intitulam de “pais de santo” ou babalorixás, babás, tatas, chefes-de-terreiros” etc., que ainda não foram capazes de notar a patente discrepância no tipo de oferenda (ou “comida de santo”) que fazem a seus “orixás” – tidos por eles como Espíritos-Ancestrais dos outros Espíritos, isto é, como Potência Elevadíssimas – aos quais oferecem sacrifícios, de animais, com sangue e tudo e também oferecem o mesmo tipo de sacrifícios, com sangue e tudo, para os Exus... considerados espíritos atrasados. Como se entender isso? Só entendimentos estacionados há 4.000 anos podem conceber e praticar semelhantes disparates... pois, como é que a mesma qualidade de oferenda pode servir tanto para Orixá quanto para Exu?   

Pois bem, era impossível que a providência Divina deixasse de AGIR... 

E foi por causa disso tudo que se fez imprescindível um novo MOVIMENTO dentro desses Cultos Afro-brasileiros ou de sua imensa massa de adeptos. 

E esse MOVIMENTO DE LUZ – feito pelos espíritos carmicamente afins a essa massa e pelos que, dentro de afinidades mais elevadas ainda, as que são pautadas no Amor, na ajuda, na RENÚNCIA em prol da EVOLUÇÃO DE SEUS SEMELHANTES – foi lançado através da mediunidade de uns e de outros, pelos “Caboclos”, “Pretos-velhos” etc., com o NOME DE UMBANDA... 

Começaram então a aparecer por dentro da Corrente Astral e humana, falanges e falanges de “Pretos-Velhos, de Caboclos”, como os “Pai-Benedito, Pai-João, Pai-Zé, Pai-Tomé, Pai-Jacó, Pai-Domingos, Pai-Francisco, Pai-Antonio, Pai-Moçambique, Pai-Malaquias, Pai-Tibiriça, Pai-Martim, Pai-Ernesto, Pai-Chico” etc., e as Mãe-Cambinda, Mãe-Maria, Mãe-Guiomar” etc., e as “Vovó-Conga, Vovó-Catarina, Vovó-Luísa” etc., e as “Tia-Chica, Tia-Maria, Tia-Francisca, Tia-Quitéria” etc.  

 A par com esses surgiram logo os Caboclos; foram os “Caboclo 7 Encruzilhadas, Caboclo 7 Flechas, Caboclo Ubiratan, Ubirajara, Urubatão, Tupy, Tupinambá, Guarany, Yrapuã, os Pena-Azul, Pena-Branca, Caboclo Águia-Branca, Arranca-Toco, Arruda, Coqueiro, Guiné etc.; bem como as Caboclas Jurema, Jandira, Jupira, Juçara, Indira, Cabocla do Mar, Cabocla Estrela, Cabocla Três Luas e muitas outras mais... 

E também vieram, acompanhando os pretos-velhos e os Caboclos, as Falanges dos espíritos de crianças, como os Cosme, os Damião, os Doum, os Tupãnzinho, os Crispim, os Joãozinho, os Duquinha, os Simeão, as Mariazinhas, as Manuelinha, e um sem número deles e delas... 

Todas essas entidades – e outras mais aos milhares – desceram como pontas-de-lança, ordenadas pelo Tribunal Planetário, afim de incrementarem por todos os meios e modos a EVOLUÇÃO da massa dita como dos adeptos dos cultos afro-brasileiros... 

Foi então que surgiram as primeiras manifestações dos cacarucaio – os Pretos-Velhos, dos primeiros Caboclos, nos terreiros, através da mediunidade de uns e de outros, os chamados médiuns, aparelhos ou veículos dos espíritos... 

E como legítimos trabalhadores da seara do Cristo Jesus, foram logo ensinando a Sua Doutrina, isto é, as Leis do Pai-Eterno...

Muito embora lutassem com a dificuldade do material humano mediúnico, mesmo assim conseguiram firmar ideias e Princípios, estabelecendo as REGRAS e fizeram um vasto trabalho de ADAPTAÇÃO de conceitos sobre Linhas etc... 

O termo UMBANDA que eles implantaram no meio para servir de BANDEIRA a esse novo MOVIMENTO, identifica, positivamente, a força e os direitos de trabalho dessa poderosa CORRENTE, que assim passou a se denominar Corrente Astral de Umbanda. 

Ensinaram mais que, Umbanda representa, dentro da coletividade dita como dos adeptos dos Cultos Afro-aborígines, as Leis de Deus, pela palavra do Cristo Jesus – o Regente de nosso planeta Terra. 

E esses “Caboclos”, esses “Pretos-Velhos”, dado a confusão reinante sobre a questão das linhas, todas fortemente enxertadas de “santos e santas” da Igreja Romana, embaralhando cada vez mais os entendimentos, conseguiram firmar doutrina sobre as Linhas, as Legiões, as Falanges etc... 

Portanto, sempre ensinaram que Umbanda é um termo Litúrgico, sagrado, vibrado, que significa, num sentido mais profundo – CONJUNTO DAS LEIS DE DEUS, porque tem por escopo, dentro do meio que atualmente se diz como Umbandista, implantar no coração de seus filhos de fé essas citadas leis... 

A Corrente Astral de Umbanda reconhece 7 Potências Espirituais que têm comando direto sobre o planeta Terra e também no sistema planetário de que ele faz parte, sendo que a principal dessas Potências é o Cristo Planetário, que supervisiona as outras seis, e que por efeito dessa adaptação tomam o nome de ORIXÁS. 

Essas Potências ou esses Orixás fazem-se representar através de LINHAS, cada Linha tendo 7 Legiões e cada Legião tendo 7 Falanges. Linha significa, a Faixa Vibratória em que estão situadas, por afinidade, as Entidades Mentoras, ou seja, os GUIAS, os PROTETORES e todas as humanas criaturas, dentro, é claro, desta mesma lei de afinidade.

Devemos lembrar a todos os nossos irmãos umbandistas, estudiosos etc., que o nome ou os NOMES pelos quais as Escolas, os sistemas filosóficos, as religiões, ou os cabalistas, os magistas, os esoteristas, os teosofistas, os gnósticos etc..., identificam as Potências Divinas, não altera a razão de ser dessas Potências e tampouco sua essência... Portanto é Brahma, é Olorum, é Zamby, é Deus, é Jesus, é Buda, é Mitra, é Osíris etc. No fundo de tudo estão sempre e inalteravelmente o Pai-Eterno e o Cristo Planetário... 

Antes, porém, de entrarmos na definição das 7 Linhas da Lei de Umbanda, faz-se necessário elucidarmos também um conceito errôneo que é comum e aferrado na mentalidade de muitos irmãos umbandistas, desses que ainda têm preguiça de analisar, comparar etc. 

Esse conceito é de que a “Umbanda é um dos aspectos do chamado Espiritismo de Kardec ou do Kardecismo”... 

Até irmãos estudiosos pensam e costumam afirmar isso, como ponto de doutrina. Estes estudiosos, parece, não analisaram a “coisa” como ela é e se apresenta. Batem-se no ponto de que, no umbandismo, existe a manifestação dos espíritos e no espiritismo também. Vamos elucidar esta questão de vez. 

Todos sabem que quem particularizou o termo “espiritismo” foi Allan Kardec, para traduzir, por ele, certos ensinamentos dos espíritos.  

A palavra espírito perde-se pela antiguidade, dentro dos livros religiosos de vários povos, inclusive dos Vedas, dos Brahmas, no livro dos mortos dos Egípcios, nas obras de Fo-HY, um dos mais antigos sábios da China, na Bíblia de Moisés, na Cabala dos Judeus, nos Evangelhos ditos do Cristo, e, para não citarmos mais, na antiqüíssima Bíblia Maia-Quíchua – o Popol-Vuh etc.  

O que se deve entender, realmente, por espiritismo? Segundo Kardec, é a Doutrina dos Espíritos. Como vêem, revelar a doutrina ou as coisas do espírito não foi exclusivo privilégio de uns e outros... 

“Diremos, pois, que a doutrina espírita ou o Espiritismo tem por princípio as relações do mundo material com os espíritos ou seres do mundo invisível etc.”(Livro dos Espíritos, int., pág. 11.) E estes espíritos foram engendrados exclusivamente por Kardec para criarem uma doutrina sua – própria? 

Ora, estas relações, esta doutrina, que também traduzem as Eternas verdades, são tão velhas quanto a própria humanidade, porquanto podem ser identificadas nos antigos e sagrados livros da mais velhas religiões do mundo. 

É só compararmos os 34 itens com que Kardec fundamentou os “pontos principais” da doutrina que os espíritos transmitiram, em sua introdução (obra citada, págs. 21-25)... 

Devemos reconhecer então que a essência desta doutrina e suas relações com o mundo da forma, comunicações, fenômenos inerentes à mediunidade, são FATOS que remontam aos primórdios das civilizações. Não são, portanto, REALIDADE somente conhecidas de 1857 aos nossos dias. 

E a Umbanda que tem como vértice de sua razão de ser, desde as eras primitivas, ou mais particularmente, desde a segunda raça-raiz, os Lemurianos, numa Era de Escorpião – o signo da magia, a exteriorização periódica ou por ciclos, destes fatos, ressurgiu na atualidade, como o fizera no passado entre os Atlantes, os Maias, os Quíchuas, os Tupy-guarani e os Tupy-nambá da época pré-cabraliana e ainda bem como há milênios, quando o antigo apogeu da raça africana, que conservou dentro da tradição oral até nossos dias, farrapos desta Lei ou desta Doutrina – revelação do próprio verbo – primitiva síntese relígio-científica, cujas derivações podem ser identificadas nos diferentes sistemas religiosos (pelo aspecto esotérico) de todas as raças. 

Vamos ressaltar, agora, uma verdade positiva: Kardec codificou, isto é, propagou, apenas, PARTE dessas antigas Verdades – reveladas pelos espíritos de acordo com a época – expressões de uma Lei imutável, que vêm sendo confirmadas e ampliadas dentro de nossas Linhas de Umbanda, por grandes instrutores, espíritos altamente evoluídos, que consideramos como Orixás intermediários e Guias, que têm como missão precípua reconstituir as partes restantes ou seja, o Todo... 

O que realça, claramente, do exposto? Que há uma certa identidade entre o Espiritismo e a Umbanda. Esta identidade se verifica quanto à doutrina, à manifestação e comunicação dos espíritos, pelo fator mediúnico, bem como pela parte científica, filosófica, moral etc. 

Mas sobrepõe-se logo, numa comparação, o seguinte: a Lei de Umbanda não é o Espiritismo apenas. Este, com todo seu conteúdo, é que faz parte da Umbanda, isto é, se integra ou se ABSORVE NELA.

Na Umbanda, ALÉM da parte filosófica, científica, doutrinária e dos fenômenos da mediunidade, pela manifestação, desta ou daquela forma, dos espíritos, formando estas coisas, os atributos principais e tacitamente reconhecidos como particularizando a escola Kardecista, tem a Umbanda ainda, bem definido, o aspecto propriamente dito de uma religião, pela Liturgia, Ritual, Simbologia, Mitologia, Mística, bem como pela Magia, Astrologia esotérica e outras correlações de Forças NÃO PRATICADAS no denominado espiritismo, e, portanto, INEXISTENTES. 

Podemos portanto, agora, entrar com a definição ou o conceito interno sobre as chamadas 7 Linhas da Lei de Umbanda. 

ESSAS 7 LINHAS ou VIBRAÇÕES ORIGINAIS ou (OS 7 ORIXÁS), SÃO: 

LINHA ou VIBRAÇÃO ORIGINAL DE OXALÁ (ou de ORIXALÁ, que significa: o maior, aquele que está acima de todos os Orixás, sem ser o DEUS, isto é, Olorum, Zamby, Tupan etc). Essa Linha é o mesmo que se compreende como a Faixa Vibratória direta do Cristo Planetário – mais identificado como JESUS – e que faz a supervisão das demais, em suas ações envolventes ou de influenciações sobre o Planeta Terra, do qual, Ele, o Cristo Cósmico, é o Regente Direto. Essa Faixa Vibratória faz-se representar diretamente na Corrente Astral e Humana de Umbanda, através das entidades que se apresentam sob a forma de Caboclos. Na adaptação popular dos terreiros, diz-se como Linha de Oxalá mesmo. Esses espíritos ou Entidades trabalham muito na magia positiva, com os elementares ou com os ditos “espíritos da natureza” da corrente eletromagnética SOLAR... 

OBS.: Essa faixa vibratória dá margem ao entendimento dos menos observadores, para que digam existir na Umbanda uma Linha do Oriente (assim como uma espécie de oitava linha, saindo portanto, do segredo do setenário). 

Essa tal linha não existe na Umbanda. O que há é o seguinte: as Entidades que se apresentam como Caboclos, no grau de Guias e daí para cima, são espíritos luminares, em missão, dentro da Corrente Astral de Umbanda.... Muitos são magos, foram altos sacerdotes ou iniciados dos antigos Templos Orientais etc. Os seus verdadeiros corpos astrais conservam a raiz da última personalidade, isto é, de magos do Oriente, de hindus etc. 

LINHA ou VIBRAÇÃO DE YEMANJÁ. Nessa Faixa Vibratória estão situados todos os espíritos que se apresentam na Umbanda sob a forma de Caboclas e que estão muito ligadas ou que trabalham dentro da magia positiva, com os elementais das águas ou com os “espíritos da natureza” da corrente eletromagnética LUNAR... Na adaptação popular dos terreiros diz-se como Linha do Povo do Mar, Povo das águas etc... 

LINHA ou VIBRAÇÃO DE YORI. Nessa Faixa Vibratória estão situados todos os espíritos que se apresentam na Umbanda sob a “Roupagem Fluídica” de crianças e que trabalham muito na magia positiva com os elementais ou com “espíritos da natureza” telúricos e eólicos da corrente eletromagnética do planeta MERCÚRIO... Na adaptação popular dos terreiros diz-se como linha das crianças, dos “beijadas”, de Cosme e Damião etc... 

LINHA ou VIBRAÇÃO ORIGINAL DE XANGÔ. Nessa Faixa Vibratória estão situados todos os espíritos que se apresentam na Umbanda sob a forma de Caboclos e que trabalham muito na magia branca ou positiva com os elementais ou com “espíritos da natureza” ígnea e hídrica pela corrente eletromagnética do planeta JÚPITER.
Na adaptação popular dos terreiros diz-se como Linha do Povo da Cachoeira, Linha de São Jerônimo etc... 

LINHA ou VIBRAÇÃO ORIGINAL DE OGUN. Nessa Faixa Vibratória estão situados todos os espíritos que na Umbanda se apresentam como Caboclos e que trabalham muito na magia branca ou positiva com os elementais ou com os “espíritos da natureza” ígnea e hídrica pela corrente eletromagnética do planeta MARTE... Na adaptação popular dos terreiros diz-se como Linha de São Jorge, etc... 

LINHA ou VIBRAÇÃO ORIGINAL DE OXOSSI. Nessa Faixa Vibratória estão situados todos os espíritos que na Umbanda se apresentam como Caboclos e Caboclas que trabalham muito na magia branca ou positiva com os elementais ou os “espíritos da natureza” telúrica ou eólica pela corrente eletromagnética do planeta VÊNUS... na adaptação popular dos terreiros diz-se como Linha de S. Sebastião, dos Caboclos da mata etc... 

LINHA ou VIBRAÇÃO ORIGINAL DE YORIMÁ. Nessa Faixa Vibratória estão situados todos os espíritos que se apresentam na Umbanda sob a “roupagem fluídica” de Pretos-Velhos e de Pretas-Velhas e que manipulam muito a magia positiva sob todos os aspectos, inclusive pelas rezas etc., tudo se relacionando com os elementais ou com os ditos como “espíritos da natureza” eólica e telúrica pela corrente eletromagnética do planeta SATURNO... Na adaptação popular dos terreiros diz-se como Linha dos Pretos-Velhos, Linha de São Cipriano, Linha dos “Cucarucaio”, e até como Linha das Almas – pela interpretação dada nos chamados “candomblés” etc.  (Nota 8 -  Essa questão de linhas, no meio umbandista, tem sido o eterno “cavalo de Batalha” dos doutores da lei, dos intransigentes e dos fracos de entendimento. Compuseram, arquitetaram linhas a vontade, porém sempre com a causa presa a Igreja Romana. Tanto é, que todas as linhas que existem, como ensinamentos nos livros da literatura umbandista, têm santos e santas a granel... chegaram até a compor linhas, ora com cinco orixás e dois santos, ora com sub-linhas de quarenta e nove santos... 

Qualquer um que tenha um plano de entendimento não pode aceitar as tais linhas assim... Falta-lhes o sentido oculto, teológico, filosófico, científico etc. 

Agora, prezado irmão umbandista, que você já leu a classificação das Linhas de Umbanda e deve ter entendido também que os espíritos ditos como de “Caboclos, Pretos-Velhos e crianças” (considerados como eguns e, portanto, repelidos nos cultos afros puros), foram os que implantaram a nova corrente, isto é, um movimento novo, ao qual deram o nome de Umbanda... 

Deve ter compreendido mais, que nem a “raiz” africana, nem a “raiz” ameríndia ou de nossos índios, são ou foram Umbanda propriamente dita...


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