Um amigo
postou a imagem acima com a seguinte pergunta: Será que existe perdão?
Há, nesta
vida, duas forças às quais dificilmente consigo resistir: falar de metafísica e
responder perguntas retóricas. Neste caso, ambas se juntaram na primeira
postagem que leio ao despertar.
A despeito da
mitologia abraâmica e das religiões que dela se originam, fundamentadas no
pecado, na culpa e no medo da punição, não há juízes para perdoar ou absolver.
Ainda assim, a Justiça opera de maneira indiscutivelmente eficiente ao
propósito de regenerar e evoluir os humanos.
O Universo
que habitamos [não sei dos demais Universos] funciona como um relógio. Jogue
uma maçã para cima e a Lei da Gravidade atuará sobre ela sem que se precise
evoca-la, ou juízes, advogados, etc.
Temos 7
corpos espirituais sobre postos, encaixados, que se vão desintegrando à medida
que evoluímos. Destes, dois são provisórios: o corpo físico e o duplo etéreo.
Ambos são abandonados após o desencarne. A partir disto a pessoa sofrerá a ação
da Lei da Atração [bem, é assim que eu chamo]: “os semelhantes se atraem”.
A Física
Quântica já explica que TUDO no Universo é energia vibrando em diferentes
velocidades. A maneira de pensar e sentir, o equilíbrio emocional e o domínio
da razão sobre as emoções, o amor ao próximo, são alguns dos aspectos que
determinam qual a vibração de cada um. Esta vibração opera como uma conexão, como
se estivéssemos sempre sintonizados com o grupo com que nos identificamos. Uma
vez descartado os corpos físico e etéreo, somos atraídos magneticamente para
junto deste grupo.
Também a
Física Quântica explica como os átomos reagem ao observador. Se neste plano
mais denso influenciamos o ambiente com nossos dejetos, nos planos sutis os
ambientes são moldados em harmonia com nossos pensamentos e emoções. Façamos
então um exercício imaginativo:
- Imaginemos a serenidade de um monge budista
com grande controle sobre mente e emoções e também de alguém totalmente
dominado por seus instintos, como um estuprador, por exemplo. Ambos, ao
desencarnar, serão atraídos para junto de um grupo de pessoas em tudo parecidas
com eles, e o ambiente em que se encontrarão terá sido moldado pelo pensamento
e emoções destas pessoas.
Sem os
corpos mais densos, e num ambiente adequado à sua realidade espiritual, a
percepção acerca dos próprios atos e valores também é mais ampla, e neste ponto
a Lei que atuará sobre eles já foi mencionada em um livro: “a mesma medida com
que medis será medido.” Não é uma frase metafórica. Não se trata de régua
similar àquela que usaste para medir teus semelhantes, mas exatamente a mesma:
a sua!
Cada um
olhará para sua própria vida e seus atos, com o mesmo critério que
anteriormente olhava para a vida dos outros para julgar-lhes os atos. E, aí
cabe a pergunta inicial: Será que existe perdão?
Mas, há
mais...
Física e
Metafísica são apenas percepções diferentes sobre a mesma matéria, e a terceira
Lei de Newton também atua nos outros planos da existência. Assim, toda ação
produz uma reação.
Pensemos que
a vida não cessa, que alternamos ciclos infinitamente. As amizades permanecem e
vão se fortalecendo a cada interação, mas as inimizades também. Todos voltamos
a nos esbarrar por esta longa vida, e quando isso acontece, as experiências
anteriores decidirão nosso comportamento. Neste caso, a pergunta “Será que
existe perdão?” se aplica àqueles que se sentiram prejudicados pelas nossas
atitudes, se eles nos perdoarão, ou não.
Assim, de
acordo com nossas atitudes, teremos amigos que irão ao fim-do-mundo para nos
ajudar, ou inimigos que nos perseguirão até o fim-do-mundo para vingarem-se!
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