27 de jun. de 2012

A Dança dos Átomos - A Dança de Shiva




A Água é fria e a Pedra é dura, enquanto o Ar é impalpável;
O Fogo queima e as pernas doem, e a Estrada não tem fim.
O Cientista sabe e o Sábio intui que tudo é feito da mesma matéria: Energia.
O que se percebe externamente é fruto da ação interna.
É a Dança dos átomos que determina se a Energia/matéria será mais densa ou mais sutil.
E, é a Música que produzimos internamente que dita a velocidade da dança:
Rápido = sutil, permeável, macio, + Energia – matéria;
Lento = denso, sólido, duro, + matéria – energia.
A Música é a Arte de fazer dançar os átomos na estrada infinita que é a evolução dos seres e das coisas.
Os átomos da pedra não dançam e por isso ela é dura como pedra.
As Sereias entoam cantigas de embalar as águas, as Fadas assoviam melodias no vento e as Salamandras são o ritmo das chamas.
Na Terra os Gnomos fazem festas e de suas danças brotam as flores e as árvores ao longo da estrada.
Os Anjos tocam um Jazz vertiginoso e dançam tão rápido que parecem ter asas.
Os Animais são lentos e tropeçam em seus próprios pés.
Aos Homens é permitido inventar a Música, bem como tropeçar em seus próprios pés.
O pensamento generoso e solidário, a criatividade, a fé e o amor ao próximo produzem uma Música sutil que faz dançar os átomos e nos aproxima dos Anjos.
Os instintos grosseiros, a raiva, a inveja, a competição e a preguiça mental não sabem fazer Música, e nos tornam mais densos, e nos fazem tropeçar em nossos próprios pés.
Na Estrada evolutiva há Animais e Anjos, nos movemos de uns para outros ao ritmo da Música que soubermos criar.
Criemos portanto a sutileza que fará nossos átomos dançarem num ritmo crescente acelerado, com movimentos suaves e precisos que nos tornem cada dia mais semelhantes aos Anjos e mais próximos do futuro, e deixemos para o passado nossos antepassados de pés preguiçosos.

Diego Silva.

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